Em breve

Logo sairá a resenha de O Príncipe Drácula segundo livro da série Rastro de sangue da Kerri Maniscalco.

Seguem aí algumas primeiras impressões da leitura com as minhas anotações no Diário de leitura

Rastro de Sangue – Jack, o estripador (Resenha)

Autora: Kerri Maniscalco – Tradução: Ana Death Duarte

Editora Darkside (https://www.darksidebooks.com.br/), selo darklove.

Preço médio: R$ 31,90 – R$ 49,90

Edição de 2018 (342 páginas)

Tempo de leitura: entre 15 e 20 dias (mas dá pra ler em menos tempo, eu só leio a noite, geralmente mais de um livro por vez).

 

A edição da Darkside é um show à parte, está lindíssima, capa dura envernizada e com as letras em alto relevo, arte maravilhosa. Lombada com direito a caveirinha de cartola (a caveira é o logo da editora), a contracapa apresenta a protagonista e a história, ilustrada com os instrumentos utilizados por ela.

Folhas de guarda com o mapa de Londres em uma e o mesmo mapa com o bilhete do Jack na segunda.

A edição tem gravuras no começo de cada capitulo, relacionados ao tema neles tratados, além de outros detalhes lindos.

Jack, o estripador é o primeiro livro da série Rastro de Sangue, mas mesmo sendo uma série cada livro tem um encerramento, assim não há necessidade de lê-los em sequência.

A história gira em torno da protagonista Audrey Rose Wadsworth, uma jovem de 17 anos que estuda clandestinamente medicina forense com seu tio, pois sendo de uma família nobre tal interesse seria inadequado para uma mulher, seus estudos acabam se fundindo as investigações sobre o assassino de Whitechapel, bairro na periferia da cidade. E a história nos leva a um passeio pela Londres vitoriana enquanto acompanhamos Audrey e outro pupilo de seu tio na caça pelo assassino de prostitutas, Avental de Couro ou Jack o estripador, que assombrou a cidade no final do século XIX.

A autora fez uma grande pesquisa sobre a era vitoriana, assim as descrições das roupas, lugares e costumes da época nos transportam para 1888 em muitos momentos da leitura. Alias, no final do livro a autora esclarece todas as imprecisões históricas usadas por ela.

A narrativa é boa e se desenvolve bem, no meio do livro há uma queda no ritmo que nos capítulos finais se estabiliza e prende o leitor; não vou negar que o romance em alguns momentos me irritou, é um pouco clichê, mas depois a autora deixa o flerte da protagonista de lado e foca no resto da história. Ela também aproveita para criticar o machismo da época e mostrar como a protagonista usa sua inteligência para burlar as regras da sociedade e buscar o que quer. Mas não pense que Audrey é uma feminista caricaturada, não. Ela é doce, feminina, vaidosa, romântica, forte e só quer poder escolher seu próprio caminho.

Apesar da temática o livro não é pesado, há cenas pesadas mas não são muitas, a narrativa da autora não é crua na descrição dos crimes e isso suaviza bastante estes momentos. É sobretudo uma história sobre luto e como uma família lida com ele e se reestrutura, ou não, depois de uma grande perda.

Dá para ver claramente as inspirações da autora no Sherlock Holmes, Frankenstein e From Hell, com pitadas de romance gótico, com direito a mistérios, passagens secretas, assassinatos e fantasmas, com um casalzinho bem típico do gênero jovem adulto, típico até demais.

É uma leitura divertida em uma edição que decora muito bem a estante, eu não só recomendo como já adquiri o próximo volume.